Amamentar... O maior acto de amor e de dedicação que podemos ter para o nosso bebé.
Antes de mais, quero dizer que estou longe de ser fundamentalista no que toca à amamentação. Estou longe de achar que as mães que não amamentam são piores mães do que aquelas que o fazem. A decisão de amamentar é algo muito próprio da mulher e deverá ser apenas ela, juntamente com o seu companheiro, a decidir o que é melhor para o seu bebé e para si, tendo sempre por base uma decisão bem fundamentada e conversada a dois. Sim, porque ainda que se ache que é apenas a mãe que a amamenta... O pai que está ali ao lado tem também um papel fundamental neste momento tão íntimo entre mãe e filho e pode contribuir e muito para que a amamentação seja um sucesso! Devemos procurar o máximo de informação (ler, por exemplo, o Manual de Aleitamento Materno da UNICEF) e, quando achamos que a amamentação pode não estar a correr bem, recorrer a profissionais especializados em amamentação como os de Vamos dar de mamar, SOS Amamentação, Amamenta Porto ou Clínica Amamentos.
Passando a factos concretos... A Organização Mundial de Saúde (e a nossa Direcção-Geral de Saúde) recomenda a amamentação em exclusivo e em livre demanda (LD) até aos seis meses de vida do bebé e, de forma complementar, até aos dois anos de idade, pelo menos. Para que a amamentação possa ser bem sucedida desde o início, o hospital onde ocorre o nascimento deve apoiar a mãe no que respeita a amamentação e esclarecê-la quanto a todas as dúvidas, seguindo uma abordagem positiva permitindo que a mãe e o bebé estejam juntos durante 24 horas e que o bebé possa mamar sempre que quiser (para saber mais ler as Recomendações OMS). Mas, infelizmente, quem foi mãe sabe que nem todos os hospitais são "amigos dos bebés" e que nem todos os profissionais de saúde nos dão aquele incentivo e o conforto que estaríamos à espera num momento de tão grande turbilhão de hormonas!
Mas eu só posso estar grata por tudo neste aspecto da amamentação e por, aos oito meses, continuar a ter estes momentos deliciosos com o meu bebé! Tive a sorte de, no hospital e mesmo tendo feito cesariana, poder ter amamentado logo no recobro e ter sentido o meu bebé bem junto a mim. Tive a sorte de ter encontrado uma equipa de enfermeiros e auxiliares que me apoiaram na amamentação, que estavam sempre a corrigir a pega quando era necessário, fosse de noite ou de dia. E esse acompanhamento continuou já em casa, via telefone, quando me ligaram para saber se esta tudo bem e se o baby estava conseguir mamar bem. E, acima de tudo, não poderia estar mais grata por ter um companheiro de viagem a meu lado que sempre me apoiou na minha decisão de amamentar e que me agradece todos os dias o esforço e a dedicação em dar ao nosso filho o melhor. Por não me incentivar a deixar de amamentar, mesmo quando já regressei ao trabalho e o nosso baby já está no berçário.
Porque estes momentos a dois valem ouro... E vou ter muitas saudades quando terminarem!
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