Um novo ano que iniciou... E uma nova rotina cá por casa. Este mês de Janeiro marca a entrada do meu bebé para o berçário. Ter tudo pronto na malinha para o primeiro dia. Um turbilhão de sentimentos, de permanente questionar sobre se estará bem, se sentirá saudades, se estará a dormir bem... Um coração de mãe que fica apertado ao deixá-lo no berçário pela primeira vez.
Todas nós sabemos que este dia irá chegar mais cedo ou mais tarde. Conforme a licença parental por que tenhamos optado e conforme a nossa gestão familiar, mais dia menos dia o nosso bebé terá que ir para a creche (ou qualquer outra alternativa em que possa ficar enquanto estamos a trabalhar). Não é tarefa nada fácil encontrar aquele local ideal e que nos faz sentido enquanto pais. Aquele local no qual nos sentimos bem desde a primeira visita e no qual nos compreendem enquanto pais e educadores. Muitas conversas têm de existir a dois para se perceber que desejos temos em conjunto para este local em que o nosso bebé irá passar algumas horas do nosso dia. Porque todos nós sabemos que locais perfeitos não existem... Mas podemos sempre procurar aquele que mais se aproxima do nosso ideal.
Por aqui escrevo-vos de uma casa vazia... Ao contrário do últimos meses em que havia sempre o som de um bebé a aprender a descobrir o mundo. Por várias vezes já olhei em redor em busca dele... Do sorriso, daquele cheiro de bebé delicioso que dá vontade de cobrir de beijos, daqueles olhinhos exploradores que sorriem quando cruzam os meus... É um misto de sentimentos: saber que ele se está a adaptar bem... Mas querer que ele estivesse aqui no meu colo. É verdade que o cordão umbilical é cortado no momento do parto mas existe um outro que o substitui de imediato, invisível aos nossos olhos, mas impossível de ser cortado por qualquer tesoura. E é esse cordão que me tem aqui de coração ansioso por que chegue a hora de te ter nos meus braços, meu bebé... Por que chegue a hora de poder brincar contigo e encher-te de mimo. Tens agora todos os dias um berçário à tua espera, onde poderá explorar o mundo e ver que afinal existem outros pequenos humanos como tu... Pequenos humanos que deixam todos os dias as mães (e os pais!) de coração pequenino e ansiar pela hora de vos ir buscar. Ser pai não é fácil... Também ninguém disse que o seria. Durante as diferentes fases da vida, irão sempre surgir fases como esta: de alteração de rotinas, de novas descobertas, de transições. Cabe-nos a nós, adultos, ter a capacidade de tornar esses momentos de mudança mais serenos para os nossos filhos. Cabe-nos a nós transmitir-lhes a ideia de que mudar é bom e que é necessário pois apenas dessa forma conseguimos crescer e aprender novas coisas.
Agora... Relógio, anda depressa que quero o meu bebé no meu colo...
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