Chega o Natal e somos inundados pelas mais diversas campanhas de solidariedade. Recolha de alimentos, de brinquedos, donativos, voluntariado... Muitas são as formas que temos à nossa disposição para dar um pouco de nós ao próximo. É impossível ficar indiferente e não devemos mesmo ficar.
Ao mesmo tempo podem surgir outras notícias que nos fazem duvidar quanto ao verdadeiro destino da nossa ajuda. Notícias no passado quanto ao Banco contra a Fome ou as mais recentes notícias relacionadas com a Raríssimas. Estas notícias preocupam-me por dois motivos principais: por existirem pessoas que colocam a sua agenda pessoal e os seus interesses à frente do motivo da existência da instituição de solidariedade que representam e pelas consequências que estas notícias podem ter ao nível da ajuda que pode chegar a estas entidades...
Sempre ajudei. Sempre tive vontade de ajudar. E quero educar o meu filho nessa vontade. Educar para a paz, como defendia Maria Montessori, é também educar na consciência do próximo e nas nossas possibilidades de ajudar e de tornar a vida de quem precisa um pouco mais fácil. Quero também que o meu filho compreenda que não se deve esperar pelo Natal para ajudar... Deve ajudar-se todos os dias, com pequenos gestos e com o coração presente.
Ser-se solidário não deve ser apenas quando aparecemos para a fotografia ou quando somos abordados na rua ou à entrada do supermercado. Ser-se solidário deve fazer-se na sombra, sem busca de protagonismo ou de sermos vistos. Deve ser no Natal e em todos os outros dias do ano.
Este fim-de-semana, o baby boy fez o seu primeiro contributo ao escolher estas duas decorações de Natal a um grupo de escuteiros. Ainda sem a verdadeira consciência do seu gesto mas já a abrir o seu coração a ajudar... Todos os dias...
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