Vidas a correr. Desde que nos levantamos até que regressamos à cama, já noite dentro, andamos numa correria desenfreada para conseguir dar resposta a tudo aquilo que temos na "to do list" do dia... Família, trabalhar, cuidar da casa, estudar (para quem for louca como eu e tiver a coragem de se meter num doutoramento), visitas aos familiares ao fim-de-semana, jantares com os amigos, idas às compras... Enfim, acho que poderia ficar aqui o resto do dia e a lista não ficava terminada...
Nos dias de hoje, tudo anda nas rotações mais alta. Parece que o tempo nos escorre mais rápido pelos dedos do que a areia da praia. Nada espera por nós. Parece que os fins-de-semana terminam ficamos sempre com aquela sensação de que não fizemos nada e o tempo passou a correr!
Mas tudo isso abranda e temos a consciência de que é preciso entrar num modo mais calmo quando temos um wake up call... E isso aconteceu-me na semana passada... Algo que me fez repensar, que me fez ter receio, que me fez ver que as coisas pequeninas do dia-a-dia não têm a menor importância e temos mais é que investir naquilo que verdadeiramente interessa: família e amigos. São eles que vão lá estar quando precisamos, quando houver nuvens no horizonte e parece-nos perdidos nomeio da tempestade. São eles que nos vão iluminar o caminho de regresso e ter a capacidade de dizer que está tudo bem. Não quero uma vida em acelerado para mim, uma vida que me faça perder o que de melhor o mundo me deu e aquilo que faz o meu coração palpitar e sorrir todos os dias: os meus dois homens e todo o amor que tenho por eles. Porque não quero nunca deitar-me com a impressão de que ficaram coisas importantes por dizer ou por fazer. Não quero arrependimentos um dia mais tarde. Não quero a sensação do "E se?".
Há que abrandar... Há que acertar a bússola... Para que não perca nada de nada do que se passa à minha volta...
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